A minha Lista de blogues

Versão rasca do blogue cento e um. De 26 de Fevereiro de 2004 a 04 de Fevereiro de 2007.

Este blogue renovou-se, começando uma nova caminhada, de zero. Ao contrário do maradona, tenho demasiada nostalgia para mandar tudo regularmente por água abaixo, portanto criei este arquivo. Estão aqui todos os postes. Desde o início. Façam favor de vasculhar, seus viciados!

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terça-feira, 23 de março de 2004

A vida é bela para alguns (acho eu...) !

Pois é. Dirigia-me eu hoje à tarde (por volta das 13h30) a um Multibanco em Viseu quando reparei num senhor que ia à minha frente. Fato preto, camisa branca, sem gravata, sapatos velhos, barba rija por fazer, pele algo escura. Talvez cigano?! Não sei...

Mas isso até nem é o interessante, pois cada um é como é e mais nada! O engraçado é que o sujeito tinha uns auscutadores aos ouvidos... até aí tudo normal também, se bem que não é muito usual ver-se pessoas de 40-50 anos de walkman consigo... Mas o homem parecia embalado na música que estava a ouvir. Parecia um verdadeiro bailarino de tango ou rumba ou algo do género... Avançava um pouco, e là fazia dois ou três passos de dança outra vez, murmurando umas palavras que ninguém percebia (talvez a letra da música), pelo menos eu.

Ao passar por ele bem me veio o sorriso aos lábios. No fundo até é giro. Se uma pessoa se sente bem consigo própria ao ponto de dançar na rua com um walkman aos ouvidos, então muito bem. Está alegre. Se todos andássemos como o aquele senhor, o dia a dia seria provávelmente mais agradável para todos.

Fica então este meu "funny moment of the day" ! ;-)

Cinco coisas...

Bem bem, tal como o diz o título, aqui vou falar de várias coisas, cinco. Coisas muito complexas, que só pessoas de alto gabarito poderão compreender... ou talvez não. Para ser mais fácil, aqui vai um pequeno esquema:

1. Primeira coisa
2. Coisa a seguir
3. Coisa n° três
4. Coisa do meio
5. Última coisa

1. Bom, para começar, na pessoa da primeira coisa, eu poderia, por exemplo, falar de tretas. Mas o problema, é que não sei exactamente o que poderia dizer (sobre tretas), excepto que é uma treta falar disso (das tretas). Então, porque não falar de... euh, sei là... do sentido da vida, porque não?

2. Depois, na pessoa da segunda coisa, poderíamos falar de outra coisa, e, evidentemente dizer que é bom, por vezes, falar de outra coisa, muda um pouco da rotina. Pois é, sempre falar de tretas, depois de um bocado, cansa. De vez em quando, é portanto preciso falar de outra coisa. Mas também não muito tempo, porque depois também cansa tanto como falar de tretas. Portanto, agora que já falámos bem de outra coisa, proponho que falamos de... digamos... sim, é fixe, isso ... o guía do motard galáctico. Hadem dar-me notícias!

3. Confesso que tenho um pouco vergonha... tinha previsto que as duas primeiras coisas fossem destinadas essencialmente a um assunto interessantíssimo, refiro-me claro ao nada de nada. E finalmente, nas duas primeiras coisas, começo a falar de VERDADEIRAS COISAS. Fogo, até nos faz sentir pequenos, não acham? Como é que eu, Lord Ninguém, um ser tão nulíssimo, pude atingir um nível tão baixo ao falar de outro assunto que nada de nada? Repudio-me... ! E tenho agora que reparar o meu erro! Um dia destes falarei do nada de nada! Mas por enquanto, ainda não há nada de nada na minha imaginação...

4. O porquê. Sim, poderíamos questionar-mo-nos sobre imensas coisas, não é? Como a resposta ao senão, ou ainda a solução do jamais. Mas porquê? Porquê devemos nós falar disso? Não seria mais fácil pararmos com essas perguntas todas e questionar-mo-nos sobre o que realmente interessa, como o talvez da vida? Vocês nunca mais me apanharão a falar do porquê! Porquê? Porque jamais encontrarei solução, pois senão não pode haver resposta. Só tretas!

5. Acho que não tenho mais nada a acrescentar... só talvez uma última coisa antes de ir embora. Pronto, já está.

Sobre a Paixão de Cristo

Fui há uma semana ver A Paixão de Cristo e fiquei algo desapontado. Não com o filme mas com as críticas. O filme é sem dúvida um retrato algo fiel do que foi a Paixão de Cristo. Quanto ao suposto anti-semitismo do realizador, não entendo. Que anti-semitismo? O filme é bem claro. Começa com a passagem de Isaías que nos diz que "pelas suas pisaduras fomos sarados". A mensagem não é "os judeus mataram Jesus", mas sim, "Jesus permitiu que os judeus o torturassem e crucificassem para que, tanto nós, gentios, como judeus, pudessemos ser salvos na Eternidade". O próprio realizador disse em entrevista que "foram os pecados dos homens que mataram Jesus". Ele sacrificou-se por nós porque era o único que poderia fazê-lo. Qualquer homem tem maldade e corrupção, por melhor que seja; Ele foi o único homem perfeito, sem qualquer pecado, logo era o único que se poderia sacrificar pelo Homem.

Quanto ao filme, muitas pessoas ficaram chocadas com a violência explícita do filme, mas gostaría de sublinhar algo: o filme retrata duas horas de tortura física e psicológica; Jesus esteve sujeito a doze horas de tortura física e psicológica. Ao mais, filme algum poderá retratar o verdadeiro sofrimento de Jesus ao carregar sobre si os pecados da humanidade.

O filme conta também com uma excelente idealização da figura andrógena do Diabo, assim como com a excelente interpretação de Jim Caviezel (sim, o mesmo que recentemente pediu a Jennifer Lopez para se vestir para uma tórrida cena de sexo, por respeito à sua mulher) no papel de Jesus e de Monica Bellucci e Maia Morgenstern nos papéis de Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, respectivamente.

Também Luca Lionello faz uma excelente interpretação do ser atormentado de Judas. Filme a não perder.

Opinião e comentários do primo Filipe