Fui há uma semana ver A Paixão de Cristo e fiquei algo desapontado. Não com o filme mas com as críticas. O filme é sem dúvida um retrato algo fiel do que foi a Paixão de Cristo. Quanto ao suposto anti-semitismo do realizador, não entendo. Que anti-semitismo? O filme é bem claro. Começa com a passagem de Isaías que nos diz que "pelas suas pisaduras fomos sarados". A mensagem não é "os judeus mataram Jesus", mas sim, "Jesus permitiu que os judeus o torturassem e crucificassem para que, tanto nós, gentios, como judeus, pudessemos ser salvos na Eternidade". O próprio realizador disse em entrevista que "foram os pecados dos homens que mataram Jesus". Ele sacrificou-se por nós porque era o único que poderia fazê-lo. Qualquer homem tem maldade e corrupção, por melhor que seja; Ele foi o único homem perfeito, sem qualquer pecado, logo era o único que se poderia sacrificar pelo Homem.
Quanto ao filme, muitas pessoas ficaram chocadas com a violência explícita do filme, mas gostaría de sublinhar algo: o filme retrata duas horas de tortura física e psicológica; Jesus esteve sujeito a doze horas de tortura física e psicológica. Ao mais, filme algum poderá retratar o verdadeiro sofrimento de Jesus ao carregar sobre si os pecados da humanidade.
O filme conta também com uma excelente idealização da figura andrógena do Diabo, assim como com a excelente interpretação de Jim Caviezel (sim, o mesmo que recentemente pediu a Jennifer Lopez para se vestir para uma tórrida cena de sexo, por respeito à sua mulher) no papel de Jesus e de Monica Bellucci e Maia Morgenstern nos papéis de Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, respectivamente.
Também Luca Lionello faz uma excelente interpretação do ser atormentado de Judas. Filme a não perder.
Opinião e comentários do primo Filipe
-
Sem comentários:
Enviar um comentário