PLAYING THE ANGEL, depois de ouvido

O que dizer? A audição deste disco provocou em mim váreas reacções estranhas e fora do normal no que concerne os Depeche Mode. Primeiro, achei-o feio. Sim porque nada tem a ver com o Exciter de 2001. Nada. Segundo, achei-o pesado. Quem não gosta de electrónica sabe onde fica a porta de saida. Mas depois pus-me a ouvi-lo com atenção, e cheguei à conclusão que se reconhece perfeitamente o estilo dos DM e que não podia ser de outra maneira. Afinal de contas o “dark” é palavra que sempre acompanhou a banda. Bem analisado, até acho o álbum muito bom e é preciso saudar a estreia do Dave Gahan na composição de letras. No fundo, este álbum é a cara chapada dos velhos tempos dos DM, com um toque de modernismo e sintetizadores à mistura.

Nota: mas ninguém me tira da cabeça o Exciter. Ai não tira não!

Ota e TGV

Se tivesse acontecido no estrangeiro os dois projectos já estariam aprovados há muito tempo, já se teria debatido tudo o que havia para debater há muito tempo e os comboios e aviões já estariam “quase” a andar! Mas como é em Portugal, é preciso esperar 500 anos para que um projecto reúna finalmente opiniões comuns e possa ir para a frente, e mesmo assim corre o sério risco de ser um fiasco económico.

A outra alternativa (que até me agrada bastante) é que, se tivesse acontecido no estrangeiro, os dois projectos teriam sido analisados por pessoas conscientes, inteligentes, sérias e sensatas que já os teriam chumbado antes sequer de terem chegado aos ouvidos das pessoas!