Hoje foi dia de magusto, cá na Igreja Baptista de Viseu. Esta comunidade - e outras, porventura - leva uma já longa tradição neste dia de magusto: a farruscagem colectiva. Usar os restos mortais daquilo que serviu a assar as castanhas para enfarruscar o visual das pessoas é uma actividade que costuma dar gozo a todos. E curiosamente, mais gozo dá aos graúdos. E até é engraçado ver as crianças a deixarem de ser imberbes de um momento para o outro. Eu fui para là vestido com um pólo branco, como que a advertir as pessoas. "Tenham là cuidado porque senão quem vai lavar a camisola são vocês e a minha vingança vai ser terrível"! Mas como não confio muito na boa vontade destas pessoas em aceder a este meu genuíno pedido, preferi jogar pelo seguro, optando por ficar afastado da confusão, perto do líder pastoral. Sim porque... qual é o irmão que se atreve a enfarruscar o seu próprio pastor? Aleguei também "que vou ter ensaios de louvor, mais logo, não me posso sujar".
Se o plano resultou ou se apenas se esqueceram de mim neste exercício de ataque ao alvo, não sei, mas o que é certo é que vim para os ensaios de louvor totalmente imaculado.
P.S.: sim, eu sei, a palavra farruscagem não existe no dicionário. Mas o português tem destas coisas, por vezes temos que adaptar o palavreado.
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